Friday, March 17, 2006

Recorda... Eu Sou o teu Senhor

Jesus expulsa os vendilhões do templo - Jacob Jordaens. 1650



Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém.
Encontrou no templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas sentados às bancas.Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois; deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio». Os discípulos recordaram-se do que estava escrito: «Devora-me o zelo pela tua casa». Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe: «Que sinal nos dás de que podes proceder deste modo?»
Jesus respondeu-lhes: «Destruí este templo e em três dias o levantarei».
Disseram os judeus: «Foram precisos quarenta e seis anos para se construir este templo e Tu vais levantá-lo em três dias?»
Jesus, porém, falava do templo do seu corpo.
Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do que tinha dito e acreditaram na Escritura e nas palavras que Jesus dissera. Enquanto Jesus permaneceu em Jerusalém pela festa da Páscoa, muitos, ao verem os milagres que fazia, acreditaram no seu nome.
Mas Jesus não se fiava deles, porque os conhecia a todos e não precisava de que Lhe dessem informações sobre ninguém: Ele bem sabia o que há no homem. (Jo 2,13-25)


Impressiona-me a última frase do evangelho: Jesus não confiava neles porque os conhecia todos e sabia o que há em cada homem…
As pessoas que se aproximavam dele não se aproximavam atraídas pela sua mensagem libertadora, mas porque gostavam de ver prodígios, espectáculo. A fé que precisa de ver, de verificar obras extraordinárias, é fraca, frágil. Jesus não poderia confiar, nem mesmo hoje, em quem o procura como fazedor de milagres. A verdadeira fé consiste em aceitar tornar-se, juntamente com Ele, pedras vivas do novo templo, e em imolar a própria vida pelos irmãos.



Templos profanados.

Uma vítima inocente é um deicídio,
Um menino faminto é uma blasfémia,
Uma mulher violada é uma profanação,
Uma tortura física ou psicológica é um sacrilégio,
Um drogado é um templo derrubado,
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Diante destas realidades não deveríamos gritar levantando
legitimamente a placa da liberdade, da justiça, do amor...?

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